Cristo
escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo
Espírito Santo
É com alegria que hoje nós queremos conhecer um pouco
mais a riqueza do significado da cátedra, do assento, da cadeira de São Pedro
que se encontra na Itália, no Vaticano, na Basílica de São Pedro. Embora a Sé
Episcopal seja na Basílica de São João de Latrão, a catedral de todas as
catedrais, a cátedra com toda a sua riqueza, todo seu simbolismo se encontra na
Basílica de São Pedro.
Fundamenta-se na Sagrada Escritura a autoridade do nosso
Papa: encontramos no Evangelho de São Mateus no capítulo 6, essa pergunta que
Jesus fez aos apóstolos e continua a fazer a cada um de nós: “E vós, quem dizei que eu sou?” São Pedro, em nome dos apóstolos, pode
assim afirmar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus então lhe
disse: “Feliz és tu, Simão, filho de
Jonas, porque não foi nem a carne, nem o sangue que te revelou isso, mas meu
Pai que está no céus, e eu te declaro: Tu és Pedro e sobre essa pedra
edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
eu te darei a chave dos céus tudo que será ligado na terra serás ligado no céu
e tudo que desligares na terra, serás desligado nos céus”.
Logo, o fundador e o fundamento, Nosso Senhor Jesus
Cristo, o Crucificado que ressuscitou, a Verdade encarnada, foi Ele quem
escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo
Espírito Santo com o carisma chamado da infalibilidade. Esse carisma bebe da
realidade da própria Igreja porque a Igreja é infalível, uma vez que a alma da
Igreja é o Espírito Santo, Espírito da verdade.
Enfim, em matéria de fé e de moral a Igreja é infalível e
o Papa portando esse carisma da infalibilidade ensina a verdade fundamentada na
Sagrada Escritura, na Sagrada Tradição e a serviço como Pastor e Mestre.
De fato, o Papa está a serviço da Verdade, por isso, ao
venerarmos e reconhecermos o valor da Cátedra de São Pedro, nós temos que olhar
para esses fundamentos todos. Não é autoritarismo, é autoridade que vem do
Alto, é referência no mundo onde o relativismo está crescendo, onde muitos não
sabem mais onde está a Verdade.
Nós olhamos para Cristo, para a Sagrada Escritura, para
São Pedro, para este Pastor e Mestre universal da Igreja, então temos a
segurança que Deus quer nos dar para alcançarmos a Salvação e espalharmos a
Salvação.
Essa vocação é do Papa, dos Bispos, dos Presbíteros, mas
também de todo cristão.
São Pedro, rogai por nós!
Fonte: http://santo.cancaonova.com/santo/festa-da-catedra-de-sao-pedro/
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Conheça mais da Cátedra de São Pedro
(Trono do Papa e símbolo da infalibilidade)
Sentado em uma simples
cadeira de carvalho, São Pedro presidia as reuniões da primitiva Igreja. Ao
longo dos séculos, essa preciosa relíquia foi crescendo em valor e significado.
Nenhum transeunte parecia dar qualquer atenção àquele
judeu de aspecto grave que subia com passo firme uma Rua do Monte Aventino, em
Roma, no ano 54 da Era Cristã.
Entretanto, poucos séculos depois, de todas as partes do
mundo acorreriam a essa cidade imperadores, reis, príncipes, potentados e,
sobretudo, multidões incontáveis de fiéis para oscular os pés de uma imagem de
bronze desse varão até então desconhecido e quase desprezado pela Roma pagã.
Pois fora a ele que o próprio Deus dissera: “Tudo o que ligares na terra será
ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt
16,19).
Sim, era o Apóstolo Pedro que retornava à Capital do
Império para ali estabelecer o governo supremo da Santa Igreja.
“SAUDAI PRISCA E ÁQUILA”
Provavelmente o acompanhavam alguns cristãos, entre os
quais Áquila e sua esposa Prisca, batizados por ele poucos anos antes. Na
Epístola aos Romanos, São Paulo faz a este casal a seguinte referência
altamente elogiosa: “Saudai Prisca e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus;
pela minha vida eles expuseram as suas cabeças. E isso lhes agradeço, não só
eu, mas também todas as igrejas dos gentios. Saudai também a comunidade que se
reúne em sua casa” (Rom 16,3-5).
Irrigada pelo sangue dos primeiros mártires, a
evangelização deitava fundas raízes nas almas e se difundia rapidamente por
todo o orbe. Mas não existiam ainda edifícios sagrados para a celebração do
culto divino, de modo que esta se fazia em residências particulares.
Assim, Áquila e Prisca tiveram o privilégio incomparável
de acolher em seu lar a comunidade cristã. Ali São Pedro pregava, instruía,
celebrava a Eucaristia. Dessa modesta casa governava ele a Igreja, por toda
parte florescente, apesar dos obstáculos levantados pelos inimigos da Luz.
ERA UMA CADEIRA SIMPLES, DE CARVALHO
Tomada de enlevo e veneração pelo Príncipe dos Apóstolos,
Prisca reservou para uso exclusivo dele a melhor cadeira da casa. Nela
sentava-se o Santo para presidir as reuniões da comunidade.
Após a morte do Apóstolo, essa cadeira tornou-se objeto
de especial veneração dos cristãos, como preciosa evocação do seu ensinamento.
Passaram logo a denominá-la de “cátedra”, termo grego que designa a cadeira
alta dos professores, símbolo do magistério.
Era primitivamente uma peça bem simples, de carvalho. No
correr do tempo, algumas partes deterioradas foram restauradas ou reforçadas
com madeira de acácia. Por fim, foi ornada com alto-relevos de marfim,
representando diferentes temas profanos.
UM ALTAR-RELICÁRIO
Há testemunhos e documentos suficientes para acompanhar
sua história desde fins do século II até nossos dias.
Tertuliano e São Cipriano atestam que em seu tempo (fim
do séc. II e início do séc. III) essa cátedra era conservada em Roma como
símbolo da Primazia dos Bispos da urbe imperial.
Por volta do século IV, colocada no batistério da
Basílica de São Pedro, era exposta à veneração dos fiéis nos dias 18 de janeiro
e 22 de fevereiro.
Durante toda a Idade Média ela foi conservada na Basílica
do Vaticano, sendo usada para a entronização do Soberano Pontífice.
Em 1657 o Papa Alexandre VII encomendou ao escultor e
arquiteto Bernini um monumento para exaltar tão preciosa relíquia. Empenhando
todo o seu gênio, construiu ele o magnífico Altar da Cátedra de São Pedro,
considerado por muitos sua obra-prima.
Nesse altar cheio de simbolismo, o mármore da Aquitânia e
o jaspe da Sicília, sobre os quais se apóia o monumento, representam a solidez
e a nobreza dos fundamentos da Igreja. As quatro gigantescas estátuas que
sustentam a cátedra — representando Santo Ambrósio, Santo Agostinho, Santo
Atanásio e São João Crisóstomo, Padres da Igreja Latina e da Grega — recordam a
universalidade da Igreja e a coerência entre o ensinamento dos teólogos e a
doutrina dos Apóstolos.
No centro do altar foi colocada em 1666 a cátedra de
bronze dourado dentro da qual se encerra, como num relicário, a bimilenar
cadeira de São Pedro.
SÍMBOLO DA INFALIBILIDADE PAPAL
Nos documentos eclesiásticos, a expressão Cátedra de
Pedro tem o mesmo significado de Trono de São Pedro, Sólio Pontifício, Sede
Apostólica. Num sentido figurativo, equipara-se ela a Papado e até mesmo a
Igreja Católica.
Afirmaram os Padres do IV Concílio de Constantinopla (ano
859): “A Religião católica sempre se conservou inviolável na Sé Apostólica (…)
Nós esperamos conseguir manter-nos unidos a esta Sé Apostólica sobre a qual
repousa a verdadeira e perfeita solidez da Religião cristã”.

Em uma de suas cartas, São Bernardo usa a expressão
“Santa Sé Apostólica” para se referir à pessoa do Papa e afirma que a
infalibilidade é privilégio “da Sé Apostólica”.
Após a solene definição do dogma da Infalibilidade papal
no Concílio Vaticano I, todos os católicos, eclesiásticos ou leigos, são
unânimes em proclamar que o Papa é e sempre será isento de erro em matéria de
fé e de moral, de acordo com as palavras de Jesus ao Príncipe dos Apóstolos:
“Eu roguei por ti a fim de que não desfaleças; e tu, por tua vez, confirma teus
irmãos” (Lc 22,32).
A Cátedra de Pedro é, o mais eloqüente símbolo dessa
Infalibilidade, do Papado, da pessoa do Papa e da própria Santa Igreja de
Cristo. Mais ainda, pois na Exortação Apostólica Pastores Gregis, Sua Santidade
João Paulo II afirma que nela se encontra “o princípio perpétuo e visível, bem
como o fundamento da unidade da fé e da comunhão”.
Por este motivo, para ela se volta nossa entusiástica
admiração de modo especial no dia de sua Festa litúrgica, 22 de fevereiro.
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