1. RITOS INICIAIS
“Os ritos iniciais
ou as partes que precedem a liturgia da
palavra, isto é, cântico de entrada, saudação, ato penitencial, Glória e
oração da coleta, têm por finalidade fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia,
constituam uma comunhão (união) e se disponham para ouvir atentamente a Palavra
de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”.
1.1 Comentário Inicial

1.2 Canto de Entrada
Durante o canto de entrada
percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:
a)
O canto
Durante a missa, todas as músicas
fazem parte de cada momento. Através da música participamos da missa cantando.
A música não é simplesmente acompanhamento ou trilha musical da celebração: a
música é também nossa forma de louvarmos a Deus. Daí a importância da
participação de toda assembléia durante os cantos.
b)
A procissão
O povo de Deus é um povo
peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas as procissões têm esse
sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar.
c)
O beijo no altar
Durante
a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar que
ocorre o mistério eucarístico. O presidente da celebração (Padre, diácono,
Ministro, seminarista) ao chegar beija o altar, que representa Cristo, em sinal
de carinho e respeito por tão sublime lugar.
Por
incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja é o altar,
pois ao contrário do que muita gente pensa, as hóstias guardadas no sacrário
nunca poderiam estar ali se não houvesse um altar para consagrá-las.
1.3 Saudação
O
presidente da celebração e a assembleia recordam-se por que estão celebrando a
missa. É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo
particular deve sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que
pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade.
b)
Saudação
Retirada
na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a assembleia
se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus, mas
também é encontro com os irmãos.
1.5. Hino de Louvor
Espécie
de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em
que a assembléia unida no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É
proclamado somente aos domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento -
e em celebrações especiais como festas e solenidades. Pode ser cantado, desde
que mantenha a letra original e na íntegra.
1.6. Oração da Coleta
Encerra
o rito inicial e introduzo povo de Deus (assembléia) na celebração do dia.
“Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns
instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e fazendo interiormente
seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de
‘coleta’, a qual a assembléia dá o seu assentimento com o ‘Amém’.
2. LITURGIA DA
PALAVRA

2.1 Primeira leitura:
A Primeira Leitura geralmente é
tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da
Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos
Profetas a respeito do Messias.
Já durante o Tempo Pascal a primeira leitura é retirada do Novo Testamento.
2.2 Salmo responsorial
Salmo
Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi
dito na primeira leitura. Ajuda-nos a rezar e a meditar a Palavra que acabamos
de ouvir. Pode ser cantado ou recitado.
2.3 Segunda leitura
A
Segunda Leitura é tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse.
2.4 Canto de
aclamação ao Evangelho
2.5. Evangelho
Toda
a Assembleia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem e de
respeito. A Palavra de Deus solenemente anunciada, não pode estar “dividida”
com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É
como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar. A Palavra
do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito e alegria para
nosso coração.
2.6. Homilia
Na
homilia o sacerdote “atualiza o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que
Deus está querendo nos dizer hoje”. Então o sacerdote explica as leituras. É o
próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor.
Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa
vida.
2.7. Profissão de fé (Credo)
Em
seguida, os fiéis se levantam e recitam o Credo. Nessa oração professamos a fé
do nosso Batismo.
A
fé é à base da religião, o fundamento do amor e da esperança cristã. Crer em
Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa atitude queremos dizer que
cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em
prática.
Depois
de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus
que nos falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces.
Mesmo
que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande
oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja. E ainda de pé
rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da comunidade e de cada fiel em
particular.
3. LITURGIA EUCARÍSTICA
Vem a seguir o
momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de
maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito
Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no
Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação, pelo qual
Deus mantém as aparências do pão e do vinho (matéria) mesmo não sendo mais a
substância pão e vinho. Ou seja, a substância agora é inteiramente a do Corpo,
Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparências
sejam a do pão e do vinho.
A
liturgia eucarística divide-se em: preparação das oferendas, oração eucarística
e rito da comunhão.
3.1. Preparação das oferendas
a)
Procissão das oferendas
As
principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as
ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que
trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo. Na Missa nós
oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no
Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé traz o pão e no vinho, e oferece também
a sua vida.
b)
momento da coleta
A
coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não
precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa
oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa
de Deus.
c)
Apresentação das oferendas
O
sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e
prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no
vinho que simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua
encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E
assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também
nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele.
d)
Purificação
O
celebrante lava as mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação
espiritual do ministro de Deus.
e)
Convite à oração
O
presidente da celebração diz: Orai
Irmãos e irmãs... Agora o sacerdote convida toda assembleia a unir suas
orações à ação de graças do sacerdote.
f)
Oração sobre as Oferendas:
Esta
oração coleta os motivos da ação de graças e lança no que segue, ou seja, a
oração eucarística. Sempre muito rica, deve ser acompanhada com muita atenção e
confirmada com o nosso amém!
3.2. Oração Eucarística:
É
na oração eucarística em que atingimos o ponto alto da celebração. Nela,
através de Cristo que se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima
Trindade, mistério da nossa salvação:
É
tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão
para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios
impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.
c)
A invocação do Espírito Santo
O
celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique
enviando sobre eles o Espírito Santo. O Sacerdote diz: Enviai o Vosso Espírito
Santo.
d)
Consagração do pão e vinho
Por
ordem de Cristo e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e pronuncia
estas palavras “TOMAI…
O
celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em
seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e
o deu a seus discípulos dizendo: “TOMAI… “FAZEI ISTO” aqui cumpre-se a vontade
expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia. “EIS O MISTÉRIO DA FÉ” Estamos
diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.
e)
Preces e intercessões
A
Igreja está espalhada por toda a terra e além dos limites geográficos: está na
terra, como Igreja peregrina e militante; está no purgatório, como Igreja
padecente; e está no céu como Igreja gloriosa e triunfante.
Entre
todos os membros dessa Igreja, que está no céu e na terra, existe a
intercomunicação da graça ou comunhão dos Santos. Uns oram pelos outros, pois
somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.
A
primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do rebanho,
sua missão é ensinar, santificar e governar o Povo de Deus. Por isso a
comunidade precisa orar muito por eles. Rezar pelos mortos é um ato de
caridade, a Igreja é mais para interceder do que para julgar, por isso na Missa
rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como “povo santo e
pecador”.
É
uma espécie de resumo de toda a oração eucarística, em que o sacerdote tendo o
Corpo e Sangue de Cristo em suas mãos louva ao Pai e toda assembleia responde
com um grande “amém”, que confirma tudo aquilo que ela viveu. O sacerdote a diz
sozinho.
3.4. Rito da Comunhão
Jesus
nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o
Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega.
Antes
de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente por Cristo.
Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos.
Com
o Pai Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Essa belíssima oração é a
síntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no
pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu comungar o Corpo do
Senhor na Eucaristia, preciso estar em “comunhão” com meus irmãos, que são
membros do Corpo Místico de Cristo.
O
Pai Nosso também pode ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula. Após
o Pai Nosso na Missa não se diz amém pois a oração seguinte é
continuação.
b)
A paz
Após
o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu
vos dou a minha paz”.
A
paz é um dom de Deus. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como
presente de sua Ressurreição.
Que
paz é essa da qual fala Jesus? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à
Igreja rezar pela paz no mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas
famílias. Não nos esqueçamos: a paz deve começar dentro de nós e dentro de
nossas casas.
Assim
como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com
Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.
c)
Fração do pão
O
celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do
cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo
Sacrifício e mesma comunhão.
Nesse
momento se canta ou reza a oração do cordeiro.
d)
Cordeiro de Deus
Tanto
no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o “cordeiro de
Deus”. Os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão
mais uma vez.
O
canto do Cordeiro de Deus só se canta quando o padre pega a hóstia grande e a
parte. Antes desse momento não se canta
o cordeiro.
À
mesa do Senhor recebemos o alimento espiritual.
A
hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos torna mos uma só
coisa em Cristo. E sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que
nos une ao próximo. O fruto de nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos
melhorar a nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros.
f) Momento Pós-comunhão
Depois
de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos
tem. Nesse momento somos convidados a permanecermos em silêncio e adorar Jesus
Cristo presente em nós. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu
faça? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas
curas acontecem nesse momento em que Deus está vivo e presente em nós!
g) Oração pós-comunhão
Esta
oração liga-se ainda a liturgia eucarística, e é o seu fechamento, pedindo a
Deus as graças necessárias para se viver no dia-a-dia tudo que se manifestou
perante a assembléia durante a celebração.
4. RITO FINAL
Despedimo-nos, e é nessa hora que
começa nossa missão: a de levar Deus àqueles que nos foram confiados, a
testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações.
4.1.
Avisos
Sem demais delongas, este momento
é o oportuno para dar-se avisos à comunidade, bem como para as últimas
orientações do presidente da celebração.
4.2.
Benção final
E
a Missa termina com a benção final. A recebamos com fé e respeito.
Com o término da
missa começa nossa missão de levar Jesus Cristo aos irmãos.
4.3.
Despedida
De
posse desta boa-graça dada pelo Pai (a Eucaristia), os cristãos são reenviados
ao mundo para que se tornem eucaristia, fonte de bênçãos para o próximo. Desse
modo a Missa reassume todo seu significado.
Ide em paz...
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